Ilyushin Il-96-300
A Rússia possui uma gama completa de aviões, sendo o Ilyushin Il-96 o maior da oferta, parecido com o modelo da Airbus A340 que a Tap possui. Mas todos estão com problemas de penetração de mercado, pelas razões anteriormente apontadas. A nova aposta da Rússia, passa por envolver parceiros ocidentais com credenciais no mercado e absorção de novas tecnologias em àreas que têm um atraso significativo. Destaco três projectos onde se vê esta estratégia aplicada.
Dos três o mais importante é sem dúvida o Sukhoi superjet, que é um projecto novo e que foi aplicada de raiz esta estratégia. Italianos, franceses e americanos participam no projecto, o que dá suporte à imagem de um avião que vem da Rússia. Os italianos com a Alenia Aeronautica, participam com 25% no projecto e com eles foi criada uma holding a "SuperJet International" em que os italianos detêm 51% do capital e que irá dar o suporte/manutenção e credibilidade que o avião necessita. Os motores são franceses da Snecma, desenvolvidos para o projecto e a Boeing irá apoiar principalmente nas acções de marketing e leasing.
Beriev BE-200
O Beriev BE-200, é um avião de combate às chamas e luta num nicho de mercado onde não existe muita competição, mas sofre o mesmo problema de todos os modelos russos, o facto de ser russo. A Rússia "atacou" a Europa com este avião, onde inclusivé tentou fornecer Portugal com dois destes aviões, mas até à data apenas conseguiu vender os helicópteros Kamov (o que já foi positivo) e apenas está a conseguir alugar os aviões na época de incêndios e penso que só será decidido algo, depois das eleições. Apesar de em Portugal não ter conseguido ainda vingar, a Rússia conseguiu o apoio da EADS (European Aeronautic Defence and Space Company) e o avião tem o suporte desta gigante estrutura que dá uma grande credibilidade ao avião. A Grécia será muito possivelmente o primeiro cliente na Europa.
Beriev BE-200 (cockpit)
Por fim temos o novo motor da Aviadvigatel, o PS-90A2, o mais eficiente e moderno que possuem, porque foram usados componentes não russos, componentes esses que a Rússia tem um atraso significativo e não conseguem ser competitivos no mundo actual.
- Credibilidade/marketing ao avião
- Absorção de novas tecnologias, de modo a colmatar as actuais lacunas e efectuar um salto tecnológico.
- Absorção de novos métodos de fabrico mais eficientes, de modo a aumentar a produtividade/competitividade.
Devido a esta estratégia e o facto de quererem relançar este sector, temos assistido a várias frentes de ataque, apoio financeiro a companhias russas que adquiram aviões russos, tentativa da Aeroflot em adquirir uma companhia de aviação europeia e o recente anúncio da ordem de compra de 30 Sukhois SuperJet por parte de uma companhia da aviação Húngara a Malev, este é uma compra interessante porque esta companhia foi comprada este ano por um banco estatal russo. O que mostra a determinação com que a Rússia tenta dar o pontapé de saída para um sector tão importante como o é o sector da aviação.
Tupolev TU-334
Hoje as cartas foram lançadas, daqui a uns anos iremos ver se realmente conseguiram ou não.