"A Rússia prepara-se para entrar no mercado do gás natural líquido em força e vai poder chegar a todos os clientes, Portugal incluído.
Os EUA que só agora começaram a exportar, além de sentirem a pressão dos produtores existentes, vão sentir muito em breve a pressão enorme que a Rússia vai fazer nos mercados mundiais."
Estamos em 2019 e podemos constatar que a Rússia está a começar a mostrar que está mais que bem preparada para lidar com a tentativa dos EUA de penetrar no Mercado europeu.
Muito se tem falado no gás americano como alternativa ao gás russo, havendo no inicio noticias da chegada de embarcações á Europa, tal como falei aqui também. Mas tal como previ, a Rússia iria criar grandes problemas e no mês de Fevereiro temos péssimas notícias para os EUA:
Russia ships record high LNG volumes to Europe in February
Russia delivered a record amount of liquefied natural gas (LNG) to Europe in February, becoming the biggest supplier of the chilled fuel to the continent for the first time.
A total of 19 cargoes, or 1.41 million tonnes, of LNG from the Yamal LNG plant in Russia’s Arctic reached regasification terminals in Europe in February, with the majority of those going to northwest Europe, Refinitiv Eikon data shows.
This is the largest monthly amount of LNG from Yamal to arrive in Europe since the plant was launched in Dec. 2017 and also the first time Russia has become the biggest LNG supplier to Europe, surpassing traditional suppliers, such as Qatar, Nigeria and Algeria, as well as a newcomer, the United States.
[…]
In February, shipments from the United States to Europe dropped to nine cargoes, or 0.64 million tonnes, the lowest level since November …
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Os EUA não estão a conseguir competir com uma Rússia avassaladora, onde já não é uma batalha de pipelines versus embarcações. A oferta russa agora chega a qualquer país europeu que queira comprar o seu gás.
As tentativas de impedir a construção dos pipelines russos, não vão obter o efeito desejado. A Rússia fez os trabalhos de casa e os EUA não vão conseguir quebrar os elos existentes entre a Europa e a Rússia.