terça-feira, 2 de junho de 2015

Europa Aumenta Dependência Energética Da Rússia






Vou novamente focar duas situações já faladas por aqui. A questão das sanções à Rússia e a questão da diminuição da dependência energética vinda da Rússia.

Este artigo pretende demonstrar que se está a passar exactamente o contrário do que se fala, do que se pretende.

A Europa tem vindo a dizer que tem como objectivo a diversificação de fornecedores e a diminuição da sua dependência da Rússia. Este objectivo tornou-se mais importante, dada a situação da Ucrânia.

Além disso, temos a questão das sanções, onde se pretende infligir economicamente o país pelas suas opções políticas.

O problema é que a Europa, é um grande consumidor energético, mas esgotado. A Europa  produz cada vez menos energia e as suas necessidades de importação aumentam. Daí o grande problema que se criou ao entrar em rota de colisão com o seu maior fornecedor. Certos países resolvem o problema à sua maneira, ou seja, renovam contratos com a Rússia, dando como prioridade o interesse nacional em detrimento das políticas europeias/nacionais para com a Rússia.

Mais um país resolveu dar uma "ajuda" à Gazprom e aumentou a sua importação de gás. Neste caso o Reino Unido. O novo acordo com a Centrica, aumenta a importação de gás russo em 70%.

De realçar as declarações do grupo:

Gas imports from Russia's Gazprom giant to soar after new Centrica deal 

...Last month, Centrica’s senior managers warned at the group’s annual general meeting that Europe will remain dependent on Russian gas for years to come, and dismissed suggestions that the EU can replace it with other sources as “unrealistic”.

“You can’t switch that [amount of gas] off easily without huge consequences. There is no way the United States can supply that volume of liquefied natural gas to replace it,” said the group’s chief executive, Iain Conn.


Russia has been a “reliable supplier of gas all the way through the Cold War”, and it needed European demand too, he added...


A Europa está a fazer um jogo muito perigoso com o seu maior fornecedor. Com o consumo continuamente a aumentar, a produção diminuir e empurrando a Rússia para a China, dentro de poucos anos, vamos estar dependente de muita gente. Se calhar bem pior do que os russos.