Sairam recentemente novas notícias sobre os avanços da Rússia em África. Com o aumento da procura da energia deu início a vários tipos de movimentos, tanto por parte de países produtores como de países consumidores.
A energia é um bem essencial e ao mesmo tempo muito lucrativo. Tem todos os ingredientes para gerar conflitos entre nações e temos assistido a um significativo aumento de tensões e conflitos nos últimos anos.
Um país produtor que controle os seus recursos naturais é um país apetecível por países àvidos de energia e a resposta nos últimos anos é investir em proteger as suas riquezas. África tem sido uma das àreas a que se tem assistido a várias mudanças, com a entrada em força da China pelo o acesso à energia, DESVIANDO esse energia de outros clientes. Mas estas mudanças são acompanhadas pela necessidade de protecção das opções política tomadas, de modo a tornar caro o assalto às riquezas de um país.
É principalmente nesta àrea que a Rússia entra, com o seu papel crescente de fornecedor de armas de topo de gama. A Rússia por ser também um gigante energético, não sofre de certas pressões que afectam outros fornecedores de armamento mas que são deficitários em energia. Para um país que queira proteger as suas riquezas, tem que equacionar se o país que lhe fornece armamento, não esteja demasiado àvido por energia entrando em colisão ambos os interesses.
Foi reportado pelo Stockholm International Peace Research Institute que a venda de armas russas aumentou consideravelmente com a Argélia a liderar o ranking. A Argélia passou a estar na lista dos 10 maiores importadores de armas, ficando em nono lugar.
Para o periodo de 2000-2004, quatro países (Argélia, Líbia, Marrocos e Túnisia) foram responsáveis por 3% do volume global de venda de armas e para o periodo de 2005-2009 assistiu-se a um aumento de 64%.
Na Líbia também se espera que faça um grande contrato de armamento com a Rússia, aumentando assim a capacidade bélica destes países que banham o Mediterrâneo.
Por outro lado saiu também a notícia de que a Gazprom começou a operar na Argélia, resultado do acordo de 2006, na mesma altura em que se negociou o pacote de armas. A Rússia por troca de protecção, além dos lucros de venda de armas, obtem acesso às reservas energéticas deste país, aumentando ainda mais os lucros e influência russa.
A Argélia, com o aumento da presença russa e chinesa no continente, aumenta a sua capacidade de negociação e decisão o que afecta também os interesses europeus, pois existe o potencial da energia argelina ser desviada para um outro cliente que é o mesmo que dizer a China.
Isto mostra que claramente que a Rússia está a estender tanto seu braço armado como o energético e neste caso num país que é um dos fornecedores da Europa e que curiosamente aquando o conflito Rússia/Ucrânia que deu origem ao corte de gás, em Portugal se disse que não haveria problemas pois o nosso gás vem da Argélia.
Os russos agora, também já lá estão.
Fontes:
Russian arms score big in North Africa
Gazprom starts work in Algeria
A energia é um bem essencial e ao mesmo tempo muito lucrativo. Tem todos os ingredientes para gerar conflitos entre nações e temos assistido a um significativo aumento de tensões e conflitos nos últimos anos.
Um país produtor que controle os seus recursos naturais é um país apetecível por países àvidos de energia e a resposta nos últimos anos é investir em proteger as suas riquezas. África tem sido uma das àreas a que se tem assistido a várias mudanças, com a entrada em força da China pelo o acesso à energia, DESVIANDO esse energia de outros clientes. Mas estas mudanças são acompanhadas pela necessidade de protecção das opções política tomadas, de modo a tornar caro o assalto às riquezas de um país.
É principalmente nesta àrea que a Rússia entra, com o seu papel crescente de fornecedor de armas de topo de gama. A Rússia por ser também um gigante energético, não sofre de certas pressões que afectam outros fornecedores de armamento mas que são deficitários em energia. Para um país que queira proteger as suas riquezas, tem que equacionar se o país que lhe fornece armamento, não esteja demasiado àvido por energia entrando em colisão ambos os interesses.
Foi reportado pelo Stockholm International Peace Research Institute que a venda de armas russas aumentou consideravelmente com a Argélia a liderar o ranking. A Argélia passou a estar na lista dos 10 maiores importadores de armas, ficando em nono lugar.
Para o periodo de 2000-2004, quatro países (Argélia, Líbia, Marrocos e Túnisia) foram responsáveis por 3% do volume global de venda de armas e para o periodo de 2005-2009 assistiu-se a um aumento de 64%.
Na Líbia também se espera que faça um grande contrato de armamento com a Rússia, aumentando assim a capacidade bélica destes países que banham o Mediterrâneo.
Por outro lado saiu também a notícia de que a Gazprom começou a operar na Argélia, resultado do acordo de 2006, na mesma altura em que se negociou o pacote de armas. A Rússia por troca de protecção, além dos lucros de venda de armas, obtem acesso às reservas energéticas deste país, aumentando ainda mais os lucros e influência russa.
A Argélia, com o aumento da presença russa e chinesa no continente, aumenta a sua capacidade de negociação e decisão o que afecta também os interesses europeus, pois existe o potencial da energia argelina ser desviada para um outro cliente que é o mesmo que dizer a China.
Isto mostra que claramente que a Rússia está a estender tanto seu braço armado como o energético e neste caso num país que é um dos fornecedores da Europa e que curiosamente aquando o conflito Rússia/Ucrânia que deu origem ao corte de gás, em Portugal se disse que não haveria problemas pois o nosso gás vem da Argélia.
Os russos agora, também já lá estão.
Fontes:
Russian arms score big in North Africa
Gazprom starts work in Algeria