Vou falar mais um pouco sobre este tema.
Penso que muitos europeus já devem estar a achar que algo não bate certo com o que ouvimos vindo dos nossos políticos, da nossa imprensa, dos nossos "especialistas".
Afinal, por esta altura, toda a gente "sabe" que a Rússia já perdeu quase um milhão e meio de homens (mas ninguém sabe dizer as perdas dos ucranianos), toda a gente já percebeu que afinal a Rússia tem mísseis (muitos) e os drones, já toda a gente percebeu que cada vez produzem mais (ninguém fala de quantos electromésticos ucranianos necessitam de roubar para conseguir abastecer tanto drone).
Também, muita gente se deve estar a interrogar quando é que a Rússia implode económicamente, afinal, de acordo com muita gente, a coisa está iminente.
Também muita gente deve estar a coçar a cabeça, Putin teve recepções brutais tanto de Trump como de Xi. Nenhum político europeu teve alguma vez tamanha atenção. Nem de um, nem de outro.
E qualquer uma das fotos diz muito. E muito, é dizer pouco.
Muitos europeus devem estar a começar a perceber, que a nossa importância no mundo está a diminuir. E está de facto.
Mas que fazem os nossos líderes? Dão a ideia de que querem se preparar para uma guerra com a Rússia.
Bem, a Rússia está efectivamente a preparar-se para algo maior. E este é mais um post sobre isso.
Enquanto se espera que a economia russa se desintegre com as fantásticas sanções que os europeus não se cansam de criar, eles lançam novos submarinos nucleares. Recentemente a marinha russa recebeu mais um submarino nuclear da classe Borei, equipado com mísseis intercontinentais.
A Europa? de cabeça perdida porque entraram 19 drones no quintal. Continuamos a ter uma postura que nitidamente vai comprometer o nosso futuro.
Os europeus têem que perceber onde os nossos políticos nos estão a conduzir. Solo europeu pode ser usado para medições de forças entre americanos e russos. Nós somos os principais interessados em garantir que isto não aconteça.
Estamos em contagem decrescente.
Post anterior:
Mais Um Passo Para O Precipício IX
P.S. Economia
O post anterior tinha sido sobre a economia. Entretanto mais uns detalhes interessantes:
Banco Central da Rússia baixa a taxa de juro diretora para 17%
O Banco Central da Rússia decidiu esta sexta-feira (12 de setembro de 2025) reduzir as taxas de juro diretoras, para 17%, o terceiro corte da taxa de referência desde o máximo de 21% atingido entre outubro de 2024 e junho de 2025.
A entidade dirigida por Elvira Nabiúllina indicou que manterá condições de financiamento "tão ajustadas quanto necessário" para devolver a inflação à meta de 4% em 2026.
Nesse sentido, precisou que as futuras decisões de política monetária a serem adotadas serão condicionadas pelos progressos na luta contra a subida dos preços e pelas expectativas futuras de evolução dos mesmos.
O Banco da Rússia avançou ainda que prevê que a inflação desça este ano para um intervalo entre 6% e 7%, para cair para 4% em 2026. Posteriormente, ficará estabilizada nesse nível...
Também temos novos dados sobre a inflação, desceu em Agosto para 8,1%:
Em Agosto manteve a tendência de descida.
Vamos acompanhando a evolução. Mas tudo indica que eles estão a gerir todas as dinâmicas e pressões tanto internas como externas. Mas o que se ouve é que estão prestes a implodir economicamente.
Narrativas e mais narrativas.
E deixo mais uma curiosidade porque é importante perceber. Está a Rússia completamente dedicada ao esforço de guerra?
Este mês abriram 4 novas estações de metro.
A resposta é não. A Rússia não está completamente dedicada ao esforço de guerra.
As narrativas sim.
Boa noite.
ResponderEliminarObrigado por mais um post! Adoro seguir o seu blog.
Trabalho para uma empresa alemã. As coisas estão muito feias. Falo com colegas alemães e não é só o sector automóvel. Tirando a área da defesa, está tudo a sofrer um forte desinvestimento. Tenho muito receio o que me espera.
Ao mesmo tempo, dizem-me que a Europa está mais forte. Enfim.
Obrigado por seguir. Só lamento publicar de forma tão espaçada. Tenho que fazer um esforço para colocar um pouco mais.
EliminarSe trabalha para uma empresa alemã, confesso que na minha perspectiva tem razão em ter receio. Eu sou da opinião que a Alemanha será das maiores afectadas por tudo isto. Não sei como é que a economia alemã vai conseguir manter-se à tona, lutando contra a industria americana ou a chinesa. Perderam o trunfo que tinham, acesso a energia barata.
Vamos a ver o que aí vem.