Cairo
A visita de Putin em Fevereiro passado ao Egipto, realça os avanços russos em países que banham o Mediterrâneo. Já tinha focado anteriormente a Argélia e também a Líbia, vamos agora falar um pouco sobre o Egipto.
O Mediterrâneo é algo complicado para a Rússia. Está completamente dominado pela NATO, com pontos de entrada muito específicos.
Andei a "brincar " um pouco com esta imagem, para percebermos melhor numa perspectiva russa, as dificuldades que representa o Mediterrãneo. Um dos lados está "infestado" de países da NATO.
Sendo uma organização militar considerada hostil pela a Rússia, não restam grandes hipóteses, as alternativas estão nos países que banham a margem sul deste mar.
Não estamos aqui a falar de uma aliança militar, mas sim de países amigáveis, onde poderá ser negociado o uso de portos para a marinha russa e quem sabe, algum uso para a força aérea russa.
A Rússia "perdeu" a Líbia, mas "ganhou" o Egipto. Não sabemos se haverá estabilidade política suficiente no país, mas Putin aproveitou para por o pé na porta. E dado a importância do canal do Suez, a Rússia estará muito interessada, em fomentar esta amizade.
A visita de Putin, o acordo para construir a primeira central nuclear do Egipto, e o fornecimento de armas por parte da Rússia, merece que este assunto seja focado num futuro próximo para se avaliar o impacto desta aproximação entre os dois países e a reação dos EUA, ao ver um país que estava na sua esfera de influência "deslizar" para o "outro" lado.
http://nationalinterest.org/feature/can-america-stomach-egypts-president-12655
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