sábado, 14 de setembro de 2024

Europa Vai Ter 24 Porta-Aviões E 80 Submarinos De Propulsão Nuclear

 


Vamos ser a maior força militar do planeta. Diria até do sistema solar. E como é que isto vai ser possível? Vou recordar o que disse no post anterior sobre este tema, em Europa Vai Ter 12 Porta-Aviões E 40 Submarinos De Propulsão Nuclear:

... É absolutamente impressionante a forte aposta na defesa europeia que vem aí. A grande questão é, isto é verdade?

Não. Isto é um exercício que estou a fazer relativamente a custos, ou mais concretamente sobre gastos na Europa.

Poderia a Europa financiar rapidamente isto tudo? Podia.

Afinal um porta-aviões americano do modelo mais recente, custa a módica quantia de 13 mil milhões de dólares. 

Um submarino da classe Virginia custa à volta de 3 mil milhões.

Um F-35 uns 75 milhões.

Ora, vamos fazer algumas contas:

12 Porta aviões - 12 X 13.000 = 156 mil milhões

40 Submarinos - 40 X 3.000 = 120 mil milhões

400 F-35 - 400 X 75 = 30 mil milhões

Vamos ficar por aqui e somar a coisa, pois além de comprar o material, temos que o operar e manter, etc, etc.

Estamos a falar só nestas 3 aquisições de 300 mil milhões de dólares.

Parece muito? não é. Ainda nos sobra muito, mas muito dinheiro para comprar todo o tipo de armamento que a Europa quiser até chegar aos 800 mil milhões de euros que a Europa esturricou num ano.

E a Europa esturricou 800 mil milhões de euros em quê?


A Europa num ano ESTURRICOU 800 mil milhões de euros para disfarçar aos contribuintes europeus a VERDADEIRA factura energética que estamos todos a pagar. E mesmo assim, não foi possível evitar o descalabro de uma inflação como há muito não viamos.

Isto num ano de guerra, com a Rússia ainda a vender energia para a Europa. A Rússia ainda não deu uma machadada nas ligações que tem com a Europa. Estamos apenas a assistir ao resultado das sanções impostas por nós...

 

Bem, e como vamos passar de 12 para os 24 porta-aviões?

"Simples".

Vamos enterrar mais 800 mil milhões. 


Ex-chefe do Banco Central Europeu vê economia da UE em risco "pela 1ª vez desde a Guerra Fria"

"Pela primeira vez desde a Guerra Fria, devemos realmente temer por nossa sobrevivência", diz Draghi. Ele defende nova estratégia, investimentos para aumentar competitividade e emissão de dívida conjunta...afirma um relatório apresentado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-primeiro-ministro da Itália Mario Draghi nesta segunda-feira (09/09) em Bruxelas...

... Para enfrentar o que ele considera um "desafio existencial", Draghi propõe uma "nova estratégia industrial" que permita agir em três frentes para melhorar a competitividade e a produtividade europeias: acelerar a inovação, reduzir os preços da energia e aproveitar as oportunidades industriais da descarbonização, além de reduzir as dependências estratégicas de terceiros e fortalecer a segurança...

No documento, Draghi afirma que são necessários investimentos adicionais mínimos anuais de 750 bilhões a 800 bilhões de euros ... o que equivale a quase 5% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE. Isso seria mais do que o dobro da ajuda do Plano Marshall após a Segunda Guerra Mundial.

... O economista italiano argumenta que o processo de descarbonização deve ser uma "fonte de crescimento" e, para isso, será vital "reduzir o custo da energia para os usuários finais" – por exemplo, implementando políticas que dissociem ainda mais o preço do gás natural do preço da energia limpa...



Bem, por um lado poderia ficar satisfeito, por ver confirmado tudo aquilo que tenho vindo a dizer sobre o rumo que a Europa tomou, mas a realidade é que isto é a constatação da gravidade da situação em que estamos e que tenho vindo a alertar.

Draghi está a querer ESTURRICAR 800 mil milhões de euro por ano. Isto porquê? porque a Europa é um barco a afundar e em ver de repararmos os buracos, estamos simplesmente a tentar tirar a água que entra. Como por exemplo, disfarçar o verdadeiro preço da energia que a Europa está a pagar. Os europeus estão a ser enganados, onde os preços são artificiais, e a informação está cada vez mais controlada. 

É isto o jardim de Borrell.

Para piorar a situação, o conflito com a Rússia está sem fim à vista e a tendência é para AGRAVAR.

E podemos só focar ainda na dependência da energia russa, após quase 3 anos de conflito.


UE continua a hesitar em sancionar o gás russo

Apesar de uma enorme queda no fornecimento desde que o Kremlin iniciou a sua guerra total contra a Ucrânia em 2022, a UE ainda depende da Rússia para quase um quinto do seu fornecimento de gás e a comissária da Energia, Kadri Simson, hesitou quando questionada se o bloco estava pronto para a incluir num regime de sanções em constante expansão...

... Reconhece que, embora o consumo de gás russo tenha diminuído drasticamente em relação aos 150 mil milhões de metros cúbicos, ou 45% de todas as importações antes da invasão, a UE ainda dependia da Rússia para 18% das importações nos oito meses até agosto - um pouco mais do que o total das importações de GNL dos EUA, o que significa que a Rússia continua a ser o segundo maior fornecedor da Europa, a seguir à Noruega...

...O executivo da UE tem estado a preparar-se para quando o acordo de trânsito entre a Gazprom da Rússia e a Ucrânia expirar no final do ano, disse. "Encontrámos rotas de abastecimento alternativas e os Estados-Membros ou as suas empresas que ainda estão a receber gás da Rússia tiveram mais dois anos em comparação com outras empresas que a Rússia decidiu cortar em 2022...


Dois "pormenores" a apontar neste artigo. 

  1. UE depende da Rússia

    Depende e não é pouco. Após este tempo todo, a Rússia continua a ser o segundo maior fornecedor da Europa.

  2. Acordo de trânsito entre a Rússia e a Ucrânia

    Está prestes a acabar. Os maiores prejudicados? A Ucrânia e a Europa. Nem consigo imaginar o impacto da coisa para a Europa, tal o rombo económico.

Rombo económico esse que tenho vindo a alertar no blogue. A Europa está a ser crucificada energéticamente, nós estamos a ser esfolados energeticamente em nome de quem? Em nome de quem, está a Europa a ser sacrificada? Mas não sou só eu que o digo. Surpreendentemente a Euronews saiu recentemente com alguns artigos curiosos. Algo anda a mudar...

Sanções ocidentais contra a Rússia - desesperadas, ridículas e arbitrárias

...o corte dos laços com a Rússia no sector da energia inflacionou os preços do gás em 2022, forçando as autoridades europeias a subsidiar os consumidores, de acordo com algumas fontes (acho difícil de acreditar) em quase 800 mil milhões de euros - e, ao mesmo tempo, este boom deu a Putin 78 mil milhões de dólares (70,5 mil milhões de euros) de receitas adicionais de exportação em 2022...

... As sanções são hoje uma forma de guerra. Mas na guerra, uma operação bem sucedida é aquela em que o inimigo sofreu mais danos do que o seu exército. Eu adotaria a mesma abordagem: as sanções são eficazes se causarem mais danos à Rússia do que aos países que as impõem...

...... todas as tentativas falharam em cortar as exportações de petróleo da Rússia, enquanto as receitas provenientes dessas exportações estão a aumentar...


[Link]

Não é só a questão de estarmos a ser trucidados energéticamente e a arruinar o nosso futuro. A Europa, e tal como tenho vindo a dizer, está a pagar a ambos os lados desta guerra.

A Europa caminha para a sua destruição.

O quão grave, e catastrófica, será esta destruição, estamos ainda por descobrir.

Comecem a olhar pelos vossos. Pois poderemos ter grandes mudanças nas nossas vidas.






P.S. Mais mísseis de cruzeiro para o Mar Negro

New missile corvette delivered to Russian Navy

 

Russia's Zaliv Shipbuilding handed over a new guided-missile corvette to the Russian Navy in a ceremony in the city of Kaspiysk on Monday, August 26.

Amur, which was commissioned into Russian Navy service on the same day, belongs to the Project 22800 series, otherwise known as the Karakurt-class, designed by the Almaz Central Marine Design Bureau. The ship will be operated by the Caspian Sea Fleet.

Like its Project 22800 sisters, Amur has a length of 67 metres, a beam of 11 metres, a displacement of around 800 tonnes, and a speed in excess of 30 knots. Armament includes Oniks and Kalibr anti-ship missiles, 76mm naval guns, a Pantsir-M close-in weapon system (CIWS) consisting of surface-to-air missiles (SAMs), and 14.5mm machine guns.

[Link] 

Este navio, adiciona mais 8 mísseis de cruzeiro à frota do Mar Negro. A capacidade ofensiva desta frota de disparar mísseis de cruzeiro não pára de aumentar.

E aqui fica algo mais para pensar. A Inglaterra, que foi a primeira nação a afirmar que autorizava o uso dos seus mísseis pelos ucranianos e que foi logo de seguida notificada oficialmente pela Rússia que haveria retaliação, sendo o próprio território inglês como alvo, pode ser atacada usando apenas a frota que está a ser utilizada no conflito ucraniano. Ou seja, sem sequer usar recursos da frota do Mar Báltico e muito menos a frota do Norte.

 


 Para reflectir.


P.S.2 Kursk


Está assinalado o território que a Rússia tomou para si na Ucrânia e a aventura da Ucrânia em Kursk.

Por algum motivo que me escapa, o histerismo tomou conta da imprensa e "especialistas" banha da cobra.

A Ucrânia que não consegue tirar os russos do seu território, vai abrir uma nova frente, com todos os custos que isso implica.

Como é possível estar a ser lançado tanto areia para os olhos dos europeus e alguém pensar que esta incursão poderá dar algum tipo de vantagem no quer que seja aos ucranianos.


P.S.3 FMI

Nine European countries protest against IMF resuming missions to Russia

Nine European countries protested on Friday against the International Monetary Fund's plans to resume missions to Russia, saying it would damage the reputation of the Fund to resume dialogue with a country that has invaded another.

After Moscow's all-out invasion of Ukraine in February 2022, the IMF stopped its annual consultations with Russia, which the Washington-based lender of last resort does for all its members.

But on Sept 2, the IMF's Russian executive director Aleksei Mozhin told Reuters the Fund would re-start online consultations on Sept. 16, and continue with an IMF delegation visit to Moscow for meetings with Russian officials until Oct. 1...

[Link] 

 

Se dúvidas houvesse que o mundo está a mudar...