sábado, 30 de novembro de 2024

O Míssil

 


Bom,entramos numa nova fase. Quem pode dizer hoje, que não ouviu falar sobre o míssil? UM apenas. Estamos há dias a ouvir algo sobre O míssil.

E é algo preocupante? Sim, a meu ver é e muito. 


Isto é algo nunca visto. E as imagens percorreram o mundo. Um único míssil, 6 ogivas onde cada ogiva aparentemente lançava 6 "sub-ogivas" e que se deslocam a velocidades hipersónicas até ao seu destino.

Há aqui vários recados com este míssil.

A Rússia está a dominar muito bem a tecnologia hipersónica. Do lado americano ainda andam às voltas com a coisa. Ou seja, nem podem validar os seus sistemas anti-missil contra armas deste género, porque não as têm.

Esta arma, não seria possível a sua existência com o tratado INF, exactamente o tratado abandonado pelos EUA e que eu considero que foi a gota de àgua para os russos. Relembrar em (Os 4 Tratados Do Apocalipse IV). 

E, convém relembrar uma outra coisa. Este tratado foi abandonado em 2019. Em 2019 quem estava ao leme dos EUA era Trump. Que é quem vai entrar novamente em 2025. O que isto significa? Que independentemente do presidente que esteja ao leme dos EUA, os avanços têm sido consistentes ao longo de mais de duas décadas. Afinal, o primeiro tratado a ser abandonado foi em 2001, há 23 anos.

As forças que têm estado a impelir os avanços dos EUA para terem soluções de ataque cada vez mais perto da Rússia, estão bem enraizadas nas estruturas governamentais. Há uma linha dura, há um plano que tem estado a ser seguido, independentemente de quem vai para presidente, independentemente das suas ideias.

Trump anda a prometer uma reviravolta nas estruturas de comando, mas é mais fácil dizer do que fazer. Portanto vamos aguardar para ver o que vai acontecer.

Mas enquanto não se sabe o que os EUA vão ou não fazer, a Rússia está na prática a demonstrar o que vai acontecer na Europa.

A capacidade não nuclear de um único míssil deste modelo, mostra uma grande capacidade destrutiva. Mostra em teoria, porque se começarmos a pensar, não há imagens da sua capacidade de destruição. Não há fotos, não há videos, não há imagens de satélite que para outras coisas aparecem logo, sobre o resultado do ataque.

Mas há muita gente a fazer contas sobre a capacidade destrutiva demonstrada. E é tanta, que só se ouve falar do míssil.

E este míssil assenta que nem uma luva para atacar exactamente o que bem entenderem na Europa. De forma não nuclear e vão dar-se ao luxo de avisar antecipadamente para evitar baixas.

Esta terá que ser uma das demonstrações que terá que ser feita na Ucrânia. Um aviso de um ataque de um só míssil a um alvo. E toda a gente vai ver se são capazes de o fazer ou não. E toda a gente vai ver se os patriots são capazes de o interceptar ou não.

Após esta demonstração, ficará claro para toda a gente que toda a Europa estará desprotegida de um ataque convencional.

E caso falhem as negociações, (não as da Ucrânia que aí nada há a negociar), os mísseis vão começar a voar para destinos europeus.

Candidatos:

Complexos industriais onde se fabrica os storm shadows, Leopards, qualquer estrutura militar que esteja a dar suporte à Ucrânia.

A seguir?

As bases estratégicas americanas na Europa, como tenho repetidamente vindo a falar, caso as negociações falhem.

E se tal acontecer, o que pode a Europa fazer? O que pode a Europa fazer para dar uma resposta convencional à Rússia? Ou a Europa, prefere pedir aos franceses e ingleses para dispararem os seus mísseis nucleares?

E quanto aos americanos? Os americanos vão lançar um ataque nuclear, devido a um ataque convencional em território europeu?


Boa sorte para todos nós.


A Europa está a caminho da sua destruição.


4 comentários:


  1. Trump ameaça impor taxas aduaneiras de 100% contra bloco de economias emergentes


    O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou hoje impor taxas aduaneiras de 100% contra o bloco de nove países com economias emergentes se estes agirem para minar o dólar americano.

    "Exigimos um compromisso destes países em como não vão criar uma nova moeda BRICS, nem apoiar qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, ou vão enfrentar tarifas de 100% e esperar 'dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia dos Estados Unidos", afirmou Trump...



    https://www.msn.com/pt-pt/noticias/mundo/trump-amea%C3%A7a-impor-taxas-aduaneiras-de-100-contra-bloco-de-economias-emergentes/ar-AA1v2DyG?ocid=msedgntp&cvid=a753f1da45f749db8c3d443fba5565c4&ei=11

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    1. Sinto que essa treta que o Trump falou sobre as taxas de 100% era para atingir países "chave" para os EUA, controláveis obviamente, que não se atrevam a deixar por completo o dólar. Perante a Rússia, China e talvez a Índia ele sabe que não teria bons resultados se implementasse essa medida, mas para países como Argentina, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, etc, é uma forte ameaça para que eles não se atrevam a ir na onda do BRICS e tudo o que isso implica.

      A ver vamos. Espero que os BRICS não recuem e continuem com a independência do dólar.

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    2. Não vai conseguir fazer pressão pelo menos a dois países, China e Rússia.

      Basta que estes continuem por este caminho e os outros mais tarde ou mais cedo juntam-se.

      O problema é começar.

      E com esta tirada, cheira-me que Trump ainda piorou a situação para ele.

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