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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aumenta Cooperação Militar Entre A China E O Brasil

Ministros da defesa Liang Guanglie e Nelson Jobim em Beijing


Apesar das notícias estarem bastantes focadas com a visita de Obama à China, considero estes desenvolvimentos bastante interessantes.

Foi acordado entre ambos os países pelos respectivos ministros da defesa, o aumento da cooperação militar. Essa cooperação abrange àreas como treino de pessoal, formação e cooperação tecnológica.

Oficiais superiores dos três ramos das Forças Armadas vão passar a reunir-se regularmente a partir de 2010 o que parece indicar uma aproximação significativa entre ambos os países em questão militares.

Dado que estamos a falar de dois países BRIC, de dois países de grande dimensão, ambos estão a aumentar o seu poder a vários níveis (incluindo o militar) e estão a estabelecer laços energéticos muito significativos (Brasil como produtor e China como consumidor), este acordo entre ambos parece-me bastante importante.

O Brasil, a par com outros fornecedores energéticos tem estado a aumentar recentemente os seus investimentos na àrea militar, onde por exemplo se aguarda a decisão da compra de novos caças.

Encaro este entendimento entre o Brasil e a China, como algo de muito interessante e que merece acompanhamento no futuro.

Como verão estes acordos outros países, nomeadamente os EUA?

O que significará exactamente este aumento de cooperação militar? Qual o objectivo de ambos?

Esta notícia deve ser acompanhada de uma leitura de um post anterior:
China: Mais Um Passo Dado Para Receber Petróleo Do Brasil

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

China: Mais Um Passo Dado Para Receber Petróleo Do Brasil


Petrobras financia US$ 10 bilhões com banco da China

São Paulo, 4 nov (Lusa) - A Petrobras assinou um contrato de empréstimo no valor de US$ 10 bilhões com o China Development Bank Corporation (CDB), informou nesta quarta-feira a petrolífera brasileira.

No fim do ano passado, a China ofereceu o empréstimo para a Petrobras investir na exploração de grandes reservas, recentemente descobertas no litoral da região Sudeste.

"Este financiamento tornou-se simbólico pelo valor financeiro envolvido e por representar uma nova fase de evolução das relações entre mercados de países em franco desenvolvimento", disse o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, citado num comunicado.

Em troca do empréstimo, a estatal garantirá a exportação de petróleo à China, principalmente o do tipo mais pesado, cujas refinarias locais têm dificuldades no processamento porque são tecnicamente preparadas para o óleo leve.

Após o início da liberação do empréstimo, entrará em vigor também o acordo de longo prazo de exportação de petróleo entre a Petrobras e a Unipec Ásia, subsidiária da chinesa Sinopec, um dos maiores produtores onshore da China.

O acordo incluiu a exportação de 150.000 barris de petróleo por dia para o primeiro ano e de 200.000 barris de petróleo por dia nos nove anos seguintes.

A negociação desse empréstimo foi um dos temas da visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva à China em maio deste ano.


link


Depois de terem assinado um acordo no ano passado, eis agora um avanço concreto com a assinatura para um contrato de 10 Biliões de dólares, de modo a energia fluir para a China.

A China o 2º maior consumidor do planeta, avança velozmente na aquisição de novos fornecedores, porque tem uma "arma" irresistivel. Dinheiro, muito dinheiro. Assiste-se pelos 4 cantos do mundo a empréstimos a quem queira fornecer energia à China. E numa altura de recessão económica mundial, o dinheiro chinês está a fazer maravilhas. Em poucos anos, a China obteve vários fornecedores, muitos deles eram fornecedores americanos e começaram a desviar a sua produção para o Oriente.

Tudo isto é mau, muito mau para o ainda maior consumidor do planeta. 60% da sua energia é importada e vê o seu concorrente directo a obter cada vez mais contratos.

A China deu mais um passo que nega energia aos EUA, onde irão estes obter energia, nos volumes necessários, se mesmo os seus maiores fornecedores estão a virar-se para o Oriente?

Fontes:
Petrobras (PBR) Signs Agreement with Sinopec (SNP)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nigéria: Rússia junta-se ao ataque chinês a um dos fornecedores dos EUA

A Gazprom chegou a acordo com uma das maiores empresas energéticas nigeriana, a Oando. A Nigéria possui as maiores reservas energéticas em Àfrica e é o 5º maior fornecedor dos EUA.

Em Julho já tinha sido negociados investimentos na ordem dos 2.5 Biliões de dólares e a possível participação num pipeline que leve gás à Europa. Mas com a entrada dos chineses(China "ataca" mais um fornecedor dos EUA), podemos assistir a uma resistência à viabilização deste pipeline.

O sector energético da Nigéria é dominado por empresas ocidentais tais como a Shell, Total, ExxonMobil e Chevron, mas agora temos a entrada de russos e chineses, tal como tem acontecido em outros países.

Fontes:
Gazprom in tie-up with Nigerian company
Oando Says Agreement on Nigeria Projects Signed With Gazprom

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

China "ataca" mais um fornecedor dos EUA



A China pretende adquirir 6 Biliões de barris de petróleo à Nigéria ou seja um sexto das suas reservas. Esta jogada por parte da China irá uma vez mais colidir com os interesses das companhias ocidentais e mais importante irá perturbar o fornecimento aos EUA, dado que a Nigéria é o 5º maior fornecedor deste país.

E o mais interessante desta jogada é que a China pretende adquirir 23 licenças que estão neste momento nas mãos de companhias ocidentais como a Royal Dutch Shell, a Chevron, a Exxon Mobil e a Total, portanto a China não só obtem mais petróleo para si, como ainda por cima desvia esse mesmo petróleo, pois este actualmente está a ser explorado por companhias ocidentais.

China seeks vast oil blocks in Nigeria
http://www.energy-daily.com/reports/China_seeks_vast_oil_blocks_in_Nigeria_999.html

Report: China moves in on Nigeria oil reserves
http://news.yahoo.com/s/ap/20090929/ap_on_bi_ge/us_china_nigerian_oil_1

China sovereign fund invests in Kazakh oil producer
http://www.energy-daily.com/reports/China_sovereign_fund_invests_in_Kazakh_oil_producer_999.html

Crude Oil and Total Petroleum Imports Top 15 Countries (EUA)
http://www.eia.doe.gov/pub/oil_gas/petroleum/data_publications/company_level_imports/current/import.html

domingo, 20 de setembro de 2009

Rússia e China investem 36 Biliões de dólares em projectos de petróleo na Venezuela

"Acordo para os próximos três anos é para exploração de jazidas na bacia do rio Orinoco por empresas de petróleo chinesas.
Hugo Chávez anunciou o acordo bilionário nesta quarta-feira, 16. A parceria com a estatal venezuelana do setor petrolífero, a PDVSA, deverá produzir 450 mil barris diários de petróleo cru. Recentemente a Venezuela fechou um acordo semelhante com a Rússia, este no valor de cerca de US$ 20 bilhões. As duas parcerias devem resultar em um aumento de 900 mil barris diários na produção venezuelana de petróleo.
Um dos objetivos de Chávez com esses acordos fechados com países mais simpáticos à sua “revolução socialista” é que eles garantam à Venezuela maior independência econômica frente aos EUA."



Esta é mais uma má notícia para os EUA, os avultados investimentos russo/chineses no 5º maior produtor mundial de petróleo e no 2º maior fornecedor de petroleo americano. Dado a importância que a Venezuela representa para o maior importador de energia do mundo, a Venezuela corre um perigo extremo.

A proximidade da Venezuela aos EUA, torna-o num dos melhores, mais seguros e eficientes fornecedores dos EUA mas a política de Chavez é vendê-lo á China. O que nós estamos a assistir é ao desvio da produção venezuelana de modo a aplacar a enorme e crescente sede do Dragão, o que irá afectar a exportação para os EUA.

Com investimentos tão avultados, a sua proximidade aos EUA e a importância da Venezuela para os EUA, torna-se urgente à Venezuela tomar medidas de protecção e torna-se urgente para quem investe tão grandes somas, fornecer o mais rápidamente possível meios de defesa, de modo a tornar o menos apetecível, um possível confronto militar com o objectivo da tomada de controlo do fluxo energético.

Também queria chamar a atenção sobre o que este artigo também mostra, a Rússia nestes tempos conturbados de recessão económica mundial, tem poder de investimento para se envolver em projectos de grande dimensão e deverá causar algumas surpresas quando passarmos este clima económico negativo.