Mais um novo contingente está preparado para avançar para a Ucrânia. Estas forças tchetchenas têm-se destacado no combate urbano e provado a sua lealdade. Podemos ver pelo recente video, que em termos de equipamento, tudo parece ser recente.
E com o aproximar do Inverno, outros pormenores se destacam, como os treinos em bases do Ártico.
IL-76
Se repararmos nas bandeiras, podemos verificar que uma delas é a tchetchena, ou seja, eles têm andado a treinar em ambientes extremos com temperaturas extremas.
Nestas questões de treinos neste tipo de ambiente bastante hostil, destaco um pormenor:
Airborne Forces conducted the first-ever Arctic parachute jump from a height of 10,000 meters using oxygen equipment. The three-day training exercise occurred over the Franz Josef Land archipelago.The Russian military continues to hone its skills required for operating in the Arctic environment. Following regular maneuvers of its Northern Fleet and the recent testing of its Kinjal hypersonic missile in the Arctic it now deployed paratroopers from an altitude higher than Mount Everest...... "For the first time in world history, we conducted a group landing of personnel on special parachute systems in the Arctic conditions from a height of 10,000 m using oxygen equipment and the subsequent completion of combat training tasks. Nobody has done this before," explains Deputy Defense Minister Yunus-Bek Yevkurov. According to the Russian Defense Ministry, similar exercises will be held annually throughout different regions of the Arctic...
A juntar a estes destacamentos, temos os contingentes formados por gente oriunda da Sibéria. Pelo menos tenho visto indicações disto e faz sentido. A Rússia tem estado a abrir nos últimos anos bases no Ártico para proteger a Northern Sea Route, de que já falei em posts anteriores, e claro, o números de tropas especializadas neste terreno têm aumentado.
Forças Especiais Siberianas
Dado o clima duro destas regiões, a Ucrânia no Inverno será uma Primavera para estas tropas. Vão concerteza ganhar experiência de combate em ambiente real e testar os novos equipamentos.
War at -76°F: Russia to Test Weapons, Equipment in Severe Arctic ConditionsThe Russian military will perform rigorous tests on its new equipment amid bone-chilling temperatures in the far north...... According to Bulgakov, during the autonomous 2,000-kilometer (about 1,240 miles) trek, the newly-installed technical equipment on Russia's tracked military vehicles would be evaluated. Specialists will be able to provide maintenance at low temperatures, down to minus 60 degrees Celsius (°), for at least three days of autonomy to demonstrate the readiness of the vehicles. Russia will require drivers to maintain the micro-climate in the crew compartment when driving through hills, deep snow, the polar night and snowstorms, with wind speed exceeding 35 m/s...... At the same time, the Defense Ministry will inspect container systems, prefabricated frame-inflatable tents for staff accommodation and the maintenance of tracked vehicles, stationary and portable means of determining the thickness of the ice, new water treatment and desalination systems, and means of medical support will also be subjected to tests...
Ou seja, a Ucrânia no Inverno, não vai aos 15º negativos e isto durante a noite. Temperaturas "amenas" para quem passa por bases no ártico e treina por lá. Na minha perspectiva tropas ideiais, para estarem e protegerem os novos territórios russos.
A Rússia nesta década, tem testado vários tipos de equipamento em ambiente de combate. Síria, em ambientes quentes e agora na Ucrânia com outro tipo de temperaturas.
Parece que os russos não têm andado a dormir. Nós, pelo contrário, somos bons em artigos jornalistícos a dizer que os soldados russos andam mal equipados, subnutridos e que os mísseis já deveriam ter acabado em Março.
As pessoas não compreendem que a Rússia é uma super-potência em vários campos. Uma delas, na componente militar, outra na energética.
Post anterior:
P.S.
Mais uma situação bastante embaraçosa para nós Europeus, nós NATO. Ninguém tem sistemas anti-aéreos contra mísseis modernos e nas quantidades requeridas para dar resposta aos mísseis que deveriam ter acabado em Março. Quem e como vai fornecer sistemas destes?
Os EUA vão arriscar a fornecer os seus sistemas? deviam, afinal para proteger a Arábia Saudita, meteram lá o do melhor e para a Ucrânia não metem porque...?
Porque nunca entraram em combate contra um oponente da "1ª liga".
E os israelitas? nem se querem meter nisso.
Iron Dome isn't effective against modern missilesMinister Ze'ev Elkin (National Unity) responded to a demand from sources in Israel to give the Ukrainian army an "Iron Dome" to protect against Russian missiles.The demand follows the recent Russian attack on Kyiv, Ukraine."The Iron Dome is not effective against the modern missiles with which Russia attacks Ukraine," Elkin told Kan Reshet Bet...
Mas é isto que se vê nos discursos e opiniões nas televisões? os russos nem estão a usar os hipersónicos!
Volto à questão da produção de armamento. Já há meses que apanho informações que as fábricas de armamento na Rússia estão a 24/7 com 3 turnos.
Nós? Nós nem energia temos para manter as fábricas abertas e parte da energia vem da Rússia.
E ainda nem chegámos às questões do ultimato. Só ainda estamos na questão ucraniana.
O Inverno está mesmo, mesmo à porta.
Bom dia, pode enumerar os principais pontos desse tal ultimato?
ResponderEliminarQuanto ao resto, já nem sei que dizer. Apenas que algo anda muito mal, principalmente quando constato que a única coisa que estes políticos e media sabem fazer é conferências atrás de conferências de imprensa e pro-pa-ganda pura e dura. Pelos vistos é única especialidade que resta ao oc-idente, pois se há guerra que ainda sabemos combater e bem é a da informação. O por maior é que as guerras não se vencem só com narrativas...
mª r.
Tenho como objectivo escrever sobre o ultimato, em Dezembro, quando fizer um ano.
EliminarO tema nitidamente principal é o recuo da presença americana na Europa.
- Certos países não podem entrar na NATO (tipo Géorgia, Ucrânia)
- Recuo de bases com capacidades ofensivas (Polónia, Roménia)
- Recuo da NATO, relativamente aos países que entraram mais recentemente e não estou a falar dos países nórdicos...
Uma das exigências é que o que seja acordado seja tornado público.
São exigências que nenhum político ocidental poderá engolir. E agora estamos onde estamos.
O arrastar do conflito ucraniano, permite à Europa ganhar algum tempo, mas a seguir os russos vêm "falar" connosco.
Espreite este post.
Eliminarhttps://portugueseman.blogspot.com/2014/04/mar-russo-negro.html
Tem lá um mapa sobre as adesões na NATO.
Diria que a Rússia quer "conversar" sobre as adesões nos últimos 20 anos.
Uma conversa séria.
Estamos a muitos níveis acima da crise dos mísseis de Cuba. E essa crise foi considerada das mais perigosas.
Grata. Já li. Muito esclarecedor.
EliminarE como temia, os nossos hermanos nunca desiludem, como se não bastasse a guerra pela energia, temos agora uma guerra pela água...
https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/espanha-preparar-se-para-sair-do-tratado-da-carta-de-energia/ar-AA12TsKu?ocid=msedgntp&cvid=529e3236ada3476199753fbcc1d8b99f
mª r.
"temos agora uma guerra pela água..."
EliminarVamos a ver...
Estas coisas desenrolam-se a um ritmo que permite equacionar um leque de opções. Vamos a ver o que os nuestros hermanos andam a pensar...
Votação na ONU
ResponderEliminarhttps://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/quantos-votaram-pela-r%C3%BAssia-quatro-embaixador-da-ucr%C3%A2nia-ironiza/ar-AA12UeST?ocid=msedgntp&cvid=d907e0a8f54740b3b0676a23e5a12ed9
"Quantos votaram pela Rússia? Quatro?" Embaixador da Ucrânia ironiza
m.ª r.
Estive a ver isso live ontem, no canal France24. Estava até a equacionar um post sobre o tema, dado que já tenho falado sobre votações da ONU aqui.
EliminarOutra...esta um pouco mais preocupante.
ResponderEliminarhttps://www.reuters.com/article/ukraine-crisis-energy-sweden/sweden-wont-share-nord-stream-investigation-findings-with-russia-pm-idINL1N31B19S
Preocupante não diria. Mas é sem dúvida interessante.
EliminarSe não estou em erro, disseram depois que a Rússia poderia investigar a situação, dado que levantaram a proibição de navegação na zona.
Fiquei a pensar que a investigação lá deu as suas conclusões, não as partilham com os russos, mas não os impedem de ir lá ver com os seus próprios olhos.
Isto, sim, apanhou-me de surpresa. Cheira-me que o país que investiga não quer ficar comprometido com nenhum dos lados.
Cheira-me.