Em Lume Brando

 

É assim que estamos. A cozer em lume brando. 

Espreitemos a inflação. Ela está agora com tendência a estabilizar. O que é mau, pois está deveras alta e a ideia seria que ela fosse para os patamares desejáveis,  bem abaixo do que está hoje.

Olhemos para Espanha:

Taxa de inflação em Espanha nos 4,1% em abril

Inverte tendência de descida

Este aumento da taxa da inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) em Espanha deve-se, principalmente, à subida dos carburantes que, em abril de 2022 tinham descido, e à eletricidade, que desceu menos do que no ano passado, revelou hoje o INE...

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Os sinais estão aí que a inflação está a resistir às descidas, o que significa que as taxas de juro vão ficando cada vez mais agressivas. E estamos realmente a assistir a isso.

Europa:

BCE continua a subir taxas de juros mas abranda ritmo

Confirma-se a decisão do Banco Central Europeu de abrandar o ritmo da 7.ª subida consecutiva das taxas de juro para 25 pontos base. Na última reunião, realizada em meados de março, recorde-se, houve um aumento de 50 pontos base.

... Christine Lagarde reiterou que o banco central ainda tem "caminho a percorrer" e que não está a fazer uma pausa, pelo que provavelmente continuará a aumentar as taxas de juro nos próximos meses, mas não disse até onde irá esse aumento...

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Londres:

Banco de Inglaterra sobe taxa de juro de 4,25% para 4,5%

O Banco de Inglaterra subiu esta quinta-feira a taxa diretora de 4,25% para 4,5%, o nível mais alto desde 2008, para controlar a inflação no Reino Unido, que ficou em 10,1% em março.

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EUA:

Fed volta a subir taxa em 25 pontos base. Juros dos EUA já estão acima de 5%

A Reserva Federal norte-americana anunciou a 10.º subida consecutiva da taxa de juro, colocando a Fed Funds no intervalo 5%-5,25%. É o valor mais elevado desde setembro de 2007.

...Powell deu também sinais de que a Fed prepara-se para fazer uma pausa no ciclo de subidas das taxas e afastou um cenário de recessão da economia dos EUA, apontando agora para um “crescimento modesto” da maior economia do mundo. “Em princípio, não teremos de aumentar tanto as taxas”, anunciou o presidente da Fed em conferência de imprensa...

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Borrell, já deverá estar quase em modo pânico, pois a Rússia tarda em perder, em colapsar de acordo com todas as previsões e mais algumas dos especialistas da nossa praça. E depois diz o que não deve.

Borrell diz que a Rússia já perdeu,

Borrell afirma que Moscovo “já perdeu a guerra”, mas admite que Kiev ainda não a ganhou

Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, afirmou esta quinta-feira que a Rússia “já perdeu” a guerra contra a Ucrânia, embora reconheça que Kiev “ainda não ganhou”.

“É uma guerra sangrenta, mas a Rússia já perdeu esta guerra. A Ucrânia ainda não ganhou, mas a Rússia está claramente derrotada militarmente“, declarou Borrell durante a Cimeira Europeia de Defesa e Segurança, que decorre esta quinta-feira em Bruxelas...

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Mas depois diz-se que os 30 mil milhões (!!) em armamento para a contra-ofensiva não chegam.

Ukraine Needs More Than a $30 Billion Arsenal to Strike Back

Armed with well over $30 billion in weapons freshly supplied by its allies, Ukraine is gearing up for a counteroffensive that may push Russia closer to ending its war, or show neither side has enough firepower to seize the advantage.

Kyiv’s troops will leverage that hardware — shipments delivered since December that cost more than any NATO member except the US buys in a year

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E as nossas acções parecem realmente confirmar que de facto não chega:

US announces $1.2bn in additional military aid for Ukraine

The United States has announced a new $1.2bn military aid package for Ukraine that will include air defence systems, conventional artillery and counter-drone ammunition, satellite imagery services and funding for military training.

In the package announced on Tuesday, Ukraine will also receive technology to allow the integration of Western air defence launchers, missiles and radar with Ukraine’s native air defence systems.

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Alemanha enviará mais €2,7 bilhões em armas para Ucrânia

Segundo a revista alemã Der Spiegel, esse é o maior pacote de ajuda militar prometido pela Alemanha à Ucrânia até o momento. Ele inclui ainda 15 tanques antiaéreos Gepard, 200 drones de reconhecimento, munição antiaérea, munição de artilharia adicional e mais de 200 veículos blindados de combate e logística.

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Entretanto a Rússia, que de acordo com os "especialistas" está prestes a entrar em colapso total, lançou um novo navio hoje para o Mar Negro.

E qual o principal armamento para esta embarcação? Os misseis Kalibr.

 

Russia Navy's corvette Steregushchy to be armed with Kalibr missiles & Poliment-Redut air defense system

the Project 20380 corvette Steregushchy will be armed with Kalibr-NK missiles and Poliment-Redut air defense complex and will receive a new power plant during modernization at the Kronshtadt Shipyard...

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Ou seja, não páram de aumentar as plataformas que têm capacidade de lançar mísseis de cruzeiro, o que significa salvas de mísseis cada vez maiores.

Felizmente que toda a gente sabe que os mísseis acabaram há meses e estes navios só servem para paradas...

Ou seja, mês após mês, a sangria vai continuar onde já não se pode dizer que a Rússia está a desmilitarizar a Ucrânia.

Pela quantidade de armamento e dinheiro que está a ser enviado para a Ucrânia, pelo o aumento da inflação, pelo aumento das taxas de juro, posso dizer com alguma confiança que a desmilitarização está a entrar pela NATO adentro.

E os países europeus para evitar isto, além de ter que enterrar dinheiro na Ucrânia, terão que desviar ainda mais fundos para contruir novas armas. De onde é que se vai desviar o dinheiro? em breve o descobriremos.

E haverá concerteza muito mais que os Europeus vão descobrir.

Podemos despejar armas na Ucrânia, podemos despejar dinheiro na Ucrânia. Mas mais dia menos dia, a Ucrânia terá que ter homens para usar essas armas. Mas o capital humano está a ser delapidado neste momento.

Quando é que os dirigentes europeus vão anunciar à população, que além de dinheiro e armas, vai ter que se arranjar "voluntários"?

Vão ser os filhos de quem? vão ser os pais de quem, vão ser os maridos de quem?

Vamos começar pelos desempregados que vêm aí, pela falência das empresas que não vão aguentar a pressão económica exercida?

Ainda antes desses, mandem os políticos e especialistas que pululam nas nossas tv's.

Afinal lutar com subnutridos munidos com pás não deve ser complicado.