Com o lançamento de mais 3 satélites a 2 de Setembro, a Rússia ficou a um pequeno passo de ter o seu sistema GPS (GLONASS) completamente operacional. Actualmente com 26 satélites no espaço, com o activar destes 3 satélites, 23 satélites irão estar em funcionamento, com 3 de reserva. o GLONASS precisa de 24 satélites activos, o que significa que necessitam apenas de mais um activo, para o sistema estar a 100%. O que será ainda este ano, caso os próximos lançamentos corram bem, pois está previsto lançar mais 4 satélites este ano, ficando o sistema com 30 satélites no espaço.
As implicações disto são várias. Há 10 anos atrás, este projecto foi considerado prioritário, ficando previsto que ficaria online em 2011, a altura chegou e o sistema está aí. Para além do prestígio de ser a segunda nação no mundo a possuir um sistema GPS, a Rússia cilindrou completamente o projecto GPS Europeu (GALILEO). O sistema Europeu que arrancou mais a sério a rondar o ano de 2002, PREVIA que o lançamento dos satélites começasse em 2006 e todo o sistema estaria pronto em 2010. Chegámos a 2010 e a realidade bate-nos à porta. A Europa ficará feliz se o conseguir fazer nesta década 2010-2020, antes dos chineses (este também estão a planear construir um sistema destes) que pretendem ter o seu GPS em 2020.
As implicações disto são várias. Há 10 anos atrás, este projecto foi considerado prioritário, ficando previsto que ficaria online em 2011, a altura chegou e o sistema está aí. Para além do prestígio de ser a segunda nação no mundo a possuir um sistema GPS, a Rússia cilindrou completamente o projecto GPS Europeu (GALILEO). O sistema Europeu que arrancou mais a sério a rondar o ano de 2002, PREVIA que o lançamento dos satélites começasse em 2006 e todo o sistema estaria pronto em 2010. Chegámos a 2010 e a realidade bate-nos à porta. A Europa ficará feliz se o conseguir fazer nesta década 2010-2020, antes dos chineses (este também estão a planear construir um sistema destes) que pretendem ter o seu GPS em 2020.
Chegada de um dos satélites GLONASS-M
Instalação dos painéis solares
lançamento do foguetão Proton-M
Representação de colocação no espaço
Para a indústria russa este também é um acontecimento muito importante, pois estamos a falar em sectores de alta tecnologia que a Rússia domina e está em expansão, basta ver as novas versões dos satélites GPS, cada vez mais avançadas. Com entrada deste sistema em funcionamento teremos novas aplicações que poderão usá-lo. É todo um sector que requer tecnologia e know how especializado e que terá todas as condições para evoluir.
Mas as grandes implicações são militares. A Rússia passa a ter um sistema GPS de cobertura global, o que quer dizer que todas as suas armas que possam usar o sistema GPS, podem ser usadas em QUALQUER parte do mundo. Para os EUA o arranque deste sistema é deveras preocupante. Até hoje os EUA mantinham o controlo do único sistema GPS existente, e que o mundo inteiro pode usar mas em caso de necessidade/conflito os EUA barravam o sinal. Agora em caso de conflito, qualquer nação, incluindo o oponente tem um sistema de GPS disponível.
Instalação dos painéis solares
Para compreender o impacto disto, basta pensar que um dos atrasos do GALILEO, foi (e é) a pressão americana, para controlar também o sistema europeu caso existisse conflito de modo o sinal GALILEO seja também barrado, para oponentes americanos. O problema é que o sistema europeu nasce exactamente por haver necessidade de um sistema GPS sempre disponível para o sector civil que cada vez mais depente e que não se compadece com guerras. A pressão é tão grande que os EUA chegaram a ameaçar destruir satélites europeus caso houvesse necessidade disso. E somos parceiros...
Com a entrada do sistema russo, os EUA não têm como fazer pressão. São dois oponentes com necessidades semelhantes e a Rússia vai actuar de acordos com os seus próprios interesses.
Mas o panorama é grave. A Rússia está a exportar uma série de mísseis, bombas e outros tipos de material militar com capacidade de usar o sistema GLONASS, o que significa que qualquer nação os pode comprar (e usar, pois não podemos esquecer que a cobertura é global) e os EUA não tem como neutralizar esse sistema, tornando ainda mais complicado qualquer actuação.
Se o mundo ocidental está equipado com armas formidáveis, sendo a maior parte proveniente dos EUA, o resto do mundo cada vez tem melhores opções vindas de uma Rússia cada vez mais forte.
Preparação do foguetão Proton-M
Mas o panorama é grave. A Rússia está a exportar uma série de mísseis, bombas e outros tipos de material militar com capacidade de usar o sistema GLONASS, o que significa que qualquer nação os pode comprar (e usar, pois não podemos esquecer que a cobertura é global) e os EUA não tem como neutralizar esse sistema, tornando ainda mais complicado qualquer actuação.
Se o mundo ocidental está equipado com armas formidáveis, sendo a maior parte proveniente dos EUA, o resto do mundo cada vez tem melhores opções vindas de uma Rússia cada vez mais forte.
lançamento do foguetão Proton-M
Representação de colocação no espaço
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