Com parte da Europa a parar e a arrefecer por falta de energia, era urgente pôr cobro à situação. A situação tinha que ser desbloqueada e mediação era requerida, porque Yushchenko e Putin estavam de costas voltadas.
Se alguma dúvida subsiste quanto à responsabilidade da Ucrânia desta situação, ela fica dissipada com o contrato feito. Ele é simplesmente arrasador para a Ucrânia. A Ucrânia iria pagar preço de mercado com desconto de 20% e o pagamento teria que ser mensal e a horas. Falha de pagamento trazia grandes penalizações. E isto seria apenas por um ano. Em 2010 seria a sério, ou seja passa a pagar o valor de preço de mercado na sua totalidade.
A Ucrânia, que se tinha recusado ao valor pedido pela Rússia de 250 dólares, iria passar a pagar 360 dólares. A Ucrânia estava a pagar 179.50 dólares em 2008 e teve um aumento de 100% em 2009! Embora o valor fosse sendo revisto de 3 em 3 meses e com tendência para baixar, nos 3ºs primeiros meses o aumento seria de facto 100% e depois disso estaria sempre longe dos 179.5 de 2008. E agora o contrato não permite uma falha sequer no pagamento e este teria que ser feito todos os meses. Um contrato duro.
Este ano o mundo está numa recessão económica grave e a Ucrânia com um abrandamento claro na sua economia, iria ter energia muito mais cara, o que iria arrasar com a sua indústria dependente do gás e barato. Este é o panorama para a realidade ucraniana durante o ano de 2009, os ucranianos vão sentir na pele as decisões do seu presidente. Nitidamente isto vai ter repercussões nas eleições presidenciais. As dificuldades sentidas em 2009 e saber que em 2010 o preço a pagar ainda será maior, vai sem dúvida ter impacto nos votos.
Dada a dureza do contrato e o significado disso para a indústria e economia do país (além do impacto da opinião pública) o governo mascara a situação. Apesar do aumento brutal, este não iria ser transmitido ao cliente final, que são as empresas e os ucranianos. O Governo iria pagar a diferença. As pessoas não sentiam o grande aumento, mas o governo estava a afundar-se em dividas. Depressa começaram a pedir ajuda e hoje tem empréstimos do FMI, do Banco Mundial e da UE no valor de Biliões de dólares de modo a poder pagar as contas do gás.
O valor da moeda caiu vertiginosamente e todos os meses a questão levanta-se, tem a Ucrânia dinheio para pagar a conta? Desde que vá recebendo os empréstimos. Entretanto para piorar ainda mais a situação, o FMI que está a fornecer o seu empréstimos por tranches impôe condições. O défice tem que ser controlado, a Ucrânia tem que refletir o preço da energia à população é à indústria. Dada a gravidade da situação económica, esta decisão seria arrasadora e impopular, deixando a 1ª ministra num dilema, aumentar os preços com todas as suas consequências e receber mais uns Biliões do FMI, ou manter os preços de modo a Tymoshenko ter hipóteses nas eleições presidenciais.
A situação actual da Ucrânia é favorável à Rússia. O principal objectivo é impedir a adesão à NATO e dada a situação económica e dependência de gás russo subsidiado, irá obrigar ao novo presidente lançar novas negociações, dando garantias de que não haverá adesão à NATO, a não ser que seja obrigada a pagar preços de mercado.
Infelizmente e mesmo que para o ano se venham a entender, a Ucrânia já tem um preço alto a pagar. Para a Rússia a Ucrânia representa uma ameaça à sua segurança pois mesmo que este novo mandato presidencial seja mais amigável com a Rússia, ninguém garante como seja o próximo.
Para a UE a Ucrânia também oferece perigos. A Ucrânia usa o seu poder de trânsito de energia para a Europa, ignorando as suas responsabilidades de pais de trânsito. E quando as coisas correm mal, é a Europa que tem que pagar com as suas reservas monetárias.
Portanto o objectivo principal tanto da UE como a Rússia é reduzir a sua dependência de tantos países intermediários. A resolução deste problema implica problemas acrescidos para a Ucrânia. A Ucrânia deixa de ser um problema para ambos, e a Rússia aumenta o seu poder de influência. Pode passar o gás a valor de mercado ou pode mesmo cortá-lo. No futuro, a UE não será afectada por isso, não tendo por isso pagar pelas opções políticas ucranianas.
Dado as suas dimensões e opções políticas, a Ucrânia é vista com suspeita pelos dois lados e se ainda vai tendo apoios, é porque ainda serve como país de trânsito.
A Ucrânia está entalada entre a Europa e a Rússia e nenhum dos dois terá pressa em criar amizades mais profundas. As más opções do presidente ucraniano, ditaram o preço a pagar por todos e por muito tempo.
Se alguma dúvida subsiste quanto à responsabilidade da Ucrânia desta situação, ela fica dissipada com o contrato feito. Ele é simplesmente arrasador para a Ucrânia. A Ucrânia iria pagar preço de mercado com desconto de 20% e o pagamento teria que ser mensal e a horas. Falha de pagamento trazia grandes penalizações. E isto seria apenas por um ano. Em 2010 seria a sério, ou seja passa a pagar o valor de preço de mercado na sua totalidade.
A Ucrânia, que se tinha recusado ao valor pedido pela Rússia de 250 dólares, iria passar a pagar 360 dólares. A Ucrânia estava a pagar 179.50 dólares em 2008 e teve um aumento de 100% em 2009! Embora o valor fosse sendo revisto de 3 em 3 meses e com tendência para baixar, nos 3ºs primeiros meses o aumento seria de facto 100% e depois disso estaria sempre longe dos 179.5 de 2008. E agora o contrato não permite uma falha sequer no pagamento e este teria que ser feito todos os meses. Um contrato duro.
Este ano o mundo está numa recessão económica grave e a Ucrânia com um abrandamento claro na sua economia, iria ter energia muito mais cara, o que iria arrasar com a sua indústria dependente do gás e barato. Este é o panorama para a realidade ucraniana durante o ano de 2009, os ucranianos vão sentir na pele as decisões do seu presidente. Nitidamente isto vai ter repercussões nas eleições presidenciais. As dificuldades sentidas em 2009 e saber que em 2010 o preço a pagar ainda será maior, vai sem dúvida ter impacto nos votos.
Dada a dureza do contrato e o significado disso para a indústria e economia do país (além do impacto da opinião pública) o governo mascara a situação. Apesar do aumento brutal, este não iria ser transmitido ao cliente final, que são as empresas e os ucranianos. O Governo iria pagar a diferença. As pessoas não sentiam o grande aumento, mas o governo estava a afundar-se em dividas. Depressa começaram a pedir ajuda e hoje tem empréstimos do FMI, do Banco Mundial e da UE no valor de Biliões de dólares de modo a poder pagar as contas do gás.
O valor da moeda caiu vertiginosamente e todos os meses a questão levanta-se, tem a Ucrânia dinheio para pagar a conta? Desde que vá recebendo os empréstimos. Entretanto para piorar ainda mais a situação, o FMI que está a fornecer o seu empréstimos por tranches impôe condições. O défice tem que ser controlado, a Ucrânia tem que refletir o preço da energia à população é à indústria. Dada a gravidade da situação económica, esta decisão seria arrasadora e impopular, deixando a 1ª ministra num dilema, aumentar os preços com todas as suas consequências e receber mais uns Biliões do FMI, ou manter os preços de modo a Tymoshenko ter hipóteses nas eleições presidenciais.
A situação actual da Ucrânia é favorável à Rússia. O principal objectivo é impedir a adesão à NATO e dada a situação económica e dependência de gás russo subsidiado, irá obrigar ao novo presidente lançar novas negociações, dando garantias de que não haverá adesão à NATO, a não ser que seja obrigada a pagar preços de mercado.
Infelizmente e mesmo que para o ano se venham a entender, a Ucrânia já tem um preço alto a pagar. Para a Rússia a Ucrânia representa uma ameaça à sua segurança pois mesmo que este novo mandato presidencial seja mais amigável com a Rússia, ninguém garante como seja o próximo.
Para a UE a Ucrânia também oferece perigos. A Ucrânia usa o seu poder de trânsito de energia para a Europa, ignorando as suas responsabilidades de pais de trânsito. E quando as coisas correm mal, é a Europa que tem que pagar com as suas reservas monetárias.
Portanto o objectivo principal tanto da UE como a Rússia é reduzir a sua dependência de tantos países intermediários. A resolução deste problema implica problemas acrescidos para a Ucrânia. A Ucrânia deixa de ser um problema para ambos, e a Rússia aumenta o seu poder de influência. Pode passar o gás a valor de mercado ou pode mesmo cortá-lo. No futuro, a UE não será afectada por isso, não tendo por isso pagar pelas opções políticas ucranianas.
Dado as suas dimensões e opções políticas, a Ucrânia é vista com suspeita pelos dois lados e se ainda vai tendo apoios, é porque ainda serve como país de trânsito.
A Ucrânia está entalada entre a Europa e a Rússia e nenhum dos dois terá pressa em criar amizades mais profundas. As más opções do presidente ucraniano, ditaram o preço a pagar por todos e por muito tempo.
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